Este trabalho de natureza descritivo-interpretativa é impulsionado para uma busca da compreensão de como a temática da violência de gênero está disposta em grupos de pesquisa nacionais em duas destacadas áreas do conhecimento, tendo como argumento os índices alarmantes de violência relacionadas à prática discriminatória. Tem como objetivo mapear o estudo do termo “violência de gênero” dentro do diretório de grupos do CNPq, nas áreas da Antropologia e da Psicologia, detalhando como esses estudos se inserem nos grupos de pesquisa, configurando de forma histórica e geográfica os grupos disponíveis no diretório, identificando quais os principais meios de violência observados nas linhas de pesquisa dentro dos grupos encontrados na área da Antropologia e uma relação desses estudos com a Psicologia. O método será realizado pelas etapas de exploração no banco de dados do CNPq, no qual serão observadas as linhas de pesquisa dos grupos que estejam enquadrados nas áreas descritas e com que apresente o tema na descrição da linha/grupo ou nas palavras-chave. Em sequência será criado um banco de dados próprio para melhor visualização e análise das informações coletadas na pesquisa, a qual será a etapa do armazenamento. E para finalizar, todos os dados serão expostos em planilhas e tabelas para uma visualização dos resultados, mostrando a relação entre as linhas de pesquisa e o tema estudado. A importância do estudo da temática é que o Brasil mostra-se, atualmente, no mapa da violência como o 5º país com maior número de mortes de mulheres e o 1º em relação à morte de travestis e transexuais. Os números são alarmantes e essa percepção sobre violência precisa ser estudada, pois esse quantitativo se refere ao resultado de um crime doloso contra a vida, mas ao analisarmos as agressões, abusos físico e mental, os dígitos das minorias subjugadas aumenta. É importante destacar que a busca da compreensão da violência de gênero se dá a partir de diversas narrativas, nas quais podemos encontrar marco teórico dentro da segurança pública, saúde e também no âmbito jurídico com a criação de Leis, como exemplo, a Lei conhecida como Maria da Penha, que compreendeu uma mudança de paradigma, início de uma discussão específica sobre o tema e não mais uma análise comparativa. Buscamos, através desse trabalho, construir um campo de discussão que entrelace essas áreas do conhecimento para que possamos entender de que forma a violência de gênero tem se configurado dentro da academia, possibilitando unir as visões prática e teórica sobre a temática. Diante do exposto, é importante relatar que a pesquisa ainda se encontra em andamento, e algumas análises serão melhor aprofundadas no decorrer das considerações e estudos dos grupos de pesquisa do CNPq, e com isso ter uma melhor compreensão de como, atualmente, se trabalha a matéria de violência de gênero dentro da academia.