O presente trabalho tem como objetivo a análise da cultura da panela de barro artesanal e os desafios da mulher na preservação deste ofício. A produção artesanal se caracteriza como um desafio para estas mulheres, tendo em vista que o processo produtivo é bastante trabalhoso, e sua rentabilidade socioeconômica é baixíssima, pois se trata de uma venda a terceiros que por comprar a mulheres desvalorizam o trabalho destas, e oferecem um valor baixo comparado ao de venda e compra do produto nas cidades da Bahia por o mesmo comprador. Logo, analisasse que esta cultura é pouco valorizada na comunidade a qual está inserida, visto que as panelas que são produzidas, bem como os demais utensílios derivados do barro não são compradas pela comunidade, pois apesar de ser conhecimento de todos da existência da produção a valorização é quase inexistente, assim a produção destas mulheres é vendida para cidades da Bahia, a exemplo de Feira de Santana, além, disso todo o processo de produção é realizado por mulheres, que estão com dificuldades de encontrar outras mulheres que possam trabalhar juntamente com elas, o que vem acarretar num cenário de perda da cultura artesanal que poderia ser passada de geração a geração. Portanto diante destas concepções a cultura da panela de barro tem se tornado um desafio para estas mulheres, que permanecem a produzir este artesanato em virtude de uma rentabilidade que ajuda no sustendo das suas famílias.