O artigo a seguir é resultado de um trabalho de conclusão de curso em Psicologia realizado com casais homoafetivos na cidade de Aracaju – SE, e teve por objetivo geral dar visibilidade às experiências de adoção por esses casais, a partir do ponto de vista dos daqueles que passaram (ou que estão passando) pelo processo de adoção. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, para coleta de dados usou-se a entrevista semi-estruturada. A amostra foi composta por três famílias homoafetivas, todas com união estável. Sendo dois casais de homens e um casal de mulheres. A idade mínima dos sujeitos foi de 26 e a máxima de 40 anos. Os resultados mostraram que em sua maioria os casais não pretendem contar a história de origem da criança; não são adeptos a nenhum tipo de religião; em relação aos medos e receios, a maioria dos entrevistados colocou o fato de temer como o filho (a) vai viver de forma natural na sociedade, sem sofrer preconceito, o medo de a criança ser portadora de alguma doença genética e a questão de adaptação ao novo lar. Apesar de ser carente de leis específicas, a adoção por casais homoafetivos é uma realidade no âmbito da Justiça Brasileira e da sociedade como um todo. É preciso dar visibilidade, falar sobre o assunto, quebrar paradigmas, desmistificar olhares preconceituosos. Através das experiências das famílias pesquisadas em Aracaju – SE, foi possível ter um maior entendimento dessas relações.