Desconstruindo a noção de sexo pré-estabelecido culturalmente, Simone de Beavoir (1970) lança suas dicotomias, sexo e gênero, em seu livro O segundo sexo, gerando um novo campo de pesquisa amplo e discursivo, abrindo portas para novas vertentes e estudiosos. O objetivo do presente trabalho é uma análise crítica e reflexiva sobre a identidade de gênero e os estereótipos no universo infantil da literatura, a partir da análise da obra literatura de Ian Falconer (2014) Olívia não quer ser princesa. Observando o processo de formação da criança e sua construção do seu ser sujeito, inerente a questões biológicas de sexo, que demarcam e separam meninos e meninas nos discursos patriarcais de poder. Quatro grandes estudiosos da área nos dão suporte para essa exploração, Beavoir (1970), Butle (2008), Foucault (1998) e Meyer (2001). Com esse aparato teórico, partiremos para pesquisas históricas, para depreender o passado e suas bagagens que perduram até hoje sobre a sexualidade em si, suas heranças que permeiam enraizados, principalmente no tradicionalismo. Recorrendo também a Pesquisas de cunho qualitativo e quantitativo, uma vez que precisamos entender o processo sexual de formação da identidade que ocorre na infância e se perpetua até a posterioridade, tendo em vista como a literatura, tão presente e importante nesse processo de formação, será modeladora de sujeitos.