O racismo é um tema polêmico e que geralmente é associado a fatores como a cor da pele e práticas religiosas ou culturais historicamente discriminadas. Porém, existe uma forma de racismo que também abrange questões territoriais: O racismo ambiental, causador de injustiças cometidas contra grupos vulneráveis, normalmente, durante a realização de políticas públicas ou obras do setor privado. Essas violações de direitos ocorrem tanto no campo quanto no meio urbano. De acordo com a Constituição Federal Brasileira de 1988, todos os tipos de cidadãos possuem direito a terra para morar ou trabalhar. Porém, na prática não acontece dessa forma, existem diversos grupos étnicos que sofrem discriminação e preconceito, principalmente as populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas e pessoas com baixo poder aquisitivo. A pesquisa em questão tem como objetivo contribuir para o fortalecimento de comunidades e povos que enfrentam diferentes conflitos ambientais marcados pelo racismo, de modo a instrui-los a percepção de seus direitos, promovendo políticas educativas voltadas para a garantia dos direitos humanos. Nesse contexto, podemos conscientizar cada indivíduo sobre as questões de racismo e racismo ambiental, para viabilizar o enfrentamento das questões sociais entre as classes afetadas. O conceito de racismo ambiental nos desafia a ampliar nossas visões de mundo e a lutar por um novo paradigma civilizatório, por uma sociedade igualitária e justa, na qual democracia plena e cidadania ativa não sejam direitos de poucos privilegiados, independentemente de cor, origem e etnia. Assim, unindo forças para lutar pelas suas identidades, dignidades e territórios.