Este estudo de caso, de natureza qualitativa, busca relacionar as dificuldades que uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES), situada no município de Recife/PE, enfrenta para promover a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) dos seus servidores, na atualidade. Tal questão é respondida tendo como base a representação dos profissionais que atuam na promoção da saúde dos servidores na instituição pesquisada. Transformar o ambiente laboral na busca pela QVT envolve fatores diversos relacionados às condições de trabalho - postos de trabalho, fatores psicossociais e saúde. A QVT no serviço público federal, apesar de sua importância, ainda é objeto raro nas produções acadêmicas. A fundamentação teórica foi construída com os estudos sobre as políticas públicas e a promoção da saúde no âmbito do serviço público, tais como: Schultz et al. (2016), Bizarria e Tassigny (2013), Ferreira, Alves e Tostes (2009), Noro e Kirchhof (2004), Búrigo (1997), dentre outros, além dos marcos legais e regulatórios. A metodologia foi constituída pela análise documental e entrevista semiestruturada, além de possuir a Análise de Discurso como processo de análise dos dados coletados. Infere-se que a IFES pesquisada enfrenta dificuldades para implementar as ações que promovam a saúde dos seus servidores públicos, tais como: insuficiência de recursos financeiros, desinteresse dos servidores, desarticulação entre os setores responsáveis pela gestão de recursos humanos, obsolescência dos recursos materiais e ambientes laborais inadequados. O bem-estar dos servidores públicos merece receber mais atenção da administração pública. A precarização das condições de trabalho pode contribuir para o adoecimento, que gera faltas ao serviço, interrupção das rotinas de trabalho e usuários insatisfeitos.