Resumo: O presente trabalho apresenta uma proposta de utilização das maquetes táteis no ensino de geografia e resulta de atividades de pesquisa e ensino na disciplina “Prática de Ensino em Geografia Física” no curso de Geografia da Universidade Federal de Campina Grande. São apontadas, como justificativas, a importância do ensino de conceitos cartográficos na aprendizagem da geografia, as especificidades dos alunos deficientes visuais, a necessidade do ensino inclusivo e o potencial como recurso didático. São apresentados autores que fundamentam a proposta de se aliar os procedimentos de construção e a ambientação para problematizações, objetivando os conteúdos próprios da disciplina e reflexões sobre a formação cidadã. Sugere propor como desafio aos alunos: desenvolver um recurso para ser utilizado em sala e atender, ao mesmo tempo, necessidades específicas de aprendizagem. Busca-se fomentar um espírito colaborativo entre alunos, os quais segundo suas características irão contribuir no processo. Através do diálogo os indivíduos conhecem as necessidades e constroem conjuntamente. Demonstra resumidamente as etapas de construção e materiais necessários. Após repasse da base cartográfica comum, são divididos grupos, de no máximo cinco alunos por maquete, que interagem nas etapas de construção: escolha dos temas, confecção e corte dos moldes, colagem e texturização. O produto finalizado, na Escala aproximada de 1:550000, representa as Unidades Geomorfológicas do Estado da Paraíba compartimentadas por materiais de diferentes texturas e cores, além das curvas de nível. Podemos concluir que o recurso apresenta características adequadas para utilização ao ensino de Geografia e de multiuso para videntes e não videntes. A construção dialogada é sugerida como contribuição didática e, sendo subjetiva, é dependente do perfil docente, contudo é inegável o potencial transformador.