Este trabalho situa-se na confluência entre as Ciências Sociais, a Filosofia e a Pedagogia, trazendo à discussão as relações entre práticas avaliativas escolares, disciplina, poder e produção de subjetividades. Elege como objetivo principal a análise sobre o modo como determinadas sistemáticas avaliativas se constituem em um canal de circulação de poder, gerando ações disciplinadoras e potencialmente produtoras de subjetividades no espaço escolar. As reflexões estão ancoradas em estudos bibliográficos, dos quais se destacam as contribuições de Michel Foucault, Pierre Bourdieu, Suely Rolnik, Elisabeth Roudinesco e Franco Cambi. Apresenta como considerações gerais o caráter disciplinador de algumas das práticas avaliativas escolares, como a prova, por exemplo. Considera, também, o fato de tais práticas estarem presas a redes de poder e de dominação que hierarquizam e esquadrinham os indivíduos que integram o microcosmo social da escola, inserindo-os no interior de códigos linguísticos voltados à documentação dos movimentos individuais e coletivos no intuito de controlá-los através de práticas aprobatórias.