Lidar com as dificuldades de aprendizagem de alguns alunos em sala de aula, sempre se constituiu um dos maiores desafios para os profissionais em educação, sobretudo, nas séries iniciais, onde a maturidade dos alunos ainda é incipiente. Por outro lado, com o avanço das ciências, certas dificuldades de aprendizagem, até então consideradas como simples desinteresse por parte do aluno, passaram a ser tratadas, a partir de diagnósticos específicos, como problemas clínicos, oriundos de diferentes fatores. Desde então, observou-se a necessidade do educador mergulhar em um universo até então desconhecido para ele, e, como consequência, expandir suas habilidades e competências em sala de aula, desenvolvendo a sensibilidade acerca das necessidades especiais apresentadas por alguns de seus alunos, diante desse novo modelo ao qual se costuma referir como escola inclusiva. O objetivo deste trabalho consistiu em despertar no professor a necessidade e importância de reconhecer algumas necessidades especiais relacionadas com quadros clínicos, e ao mesmo tempo, estimular o mesmo a lidar com esses alunos em sala de aula, facilitando assim a relação do professor com o aluno e melhorando o aproveitamento deste último. A capacitação se deu sob a forma de palestras, estudos de casos e fóruns de discussão com a participação de profissionais da educação de diferentes áreas do saber e estudantes, sobretudo, das licenciaturas. Como resultado, ficou claro a relevância de se discutir essa temática com toda a sociedade. Percebeu-se que a partir de uma provocação inicial, alguns paradigmas logo foram quebrados e os professores passaram a reconhecer a importância do seu papel no desenvolvimento intelectual de todos os seus alunos numa perspectiva integradora. Também, foi ratificada a necessidade do preparo dos profissionais que são os intermediadores desse processo, assegurando uma inclusão de qualidade. Eventos dessa natureza são formas seguras e eficientes para discutir e orientar profissionais da educação acerca de Necessidades Educacionais Especiais (NEE). Contudo, não só profissionais da área foram beneficiados com a capacitação e informações repassadas, mas também estudantes e futuros professores.