Este trabalho objetiva relatar a experiência científica que vivenciamos numa aula de campo, tendo sido a mesma realizada na Aldeia Indígena Alto do Tambar, na cidade de Baia da Traição. A partir dela se pôde constatar que a figura do índio que aprendemos desde pequenos nas escolas encontra-se engessada em nosso imaginário. Comumente esquecemos que a cultura indígena, como qualquer outra cultura, também passa por transformações, o que lhe ocasiona novos comportamentos e ações, aproximando assim o indígena contemporâneo de qualquer outro ser humano. Durante a visita, seguindo o método etnográfico, realizamos uma observação participante junto aos indígenas e fizemos alguns registros fotográficos. A aula de campo enquanto prática pedagógica científica revelou o quão necessário é ressignificar as imagens que foram sendo criadas no decorrer da história nacional e que povoam as mentes a respeito das comunidades indígenas até os dias atuais, e nesse sentido a experiência em campo assumiu um papel desmistificador.