Segundo Pimenta e Lima (2009), dentre seus tantos objetivos, o estágio em educação deve oferecer ao aluno as oportunidades de familiarização com a docência e com os princípios da pesquisa educacional, permitindo desse modo a habituação do mesmo com a postura do professor-pesquisador. A pesquisa apresentada neste trabalho segue as orientações do projeto político do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Universidade Federal de Campina Grande referente ao Estágio Supervisionado em Educação Infantil. O mesmo prevê que o princípio do componente curricular de Estágio II (Estágio Supervisionado em Educação Infantil) deve ser o de possibilitar ao aluno o desenvolvimento de uma pesquisa do tipo intervenção. A investigação aqui externada é o resultado do estágio anteriormente mencionado e buscou compreender de que forma os espaços são propostos para o desenvolvimento da autonomia, independência e construção do sujeito ativo. O público alvo do estudo foram crianças matriculadas no berçário I (bebês com idade entre 0 a 12 meses) de uma creche municipal de Campina Grande-PB. Em meio aos interesses da investigação perscrutou-se: que tipo de bebê é considerado no berçário? Como os professores atuam perante o desenvolvimento desse bebê? Há uma valorização que permita ao bebê ter um desenvolvimento autônomo e independente? Como são as interações entre o bebê e o espaço e os professores com os bebês? Como a organização das atividades no tempo e no espaço atende às especificidades dos bebês? Com isso, a pesquisa propôs descrever e analisar como se dá e como se organizam os espaços físicos para o desenvolvimento autônomo e independente da criança pequena no berçário, averiguando as interações bebê-professor e bebê-ambiente, descrevendo até que ponto o desenvolvimento autônomo é permitido dentro da creche que foi investigada e compreendendo como a organização dos espaços dessa creche permite a autonomia e independência das crianças do berçário.