A escola tem como papel promover uma estrutura de ensino em que a equidade, a justiça e a inclusão sejam os pilares, de forma que abranja todos os estudantes, tendo em vista a diversidade e as especificidades de cada um. Mediante este princípio, este artigo coloca em questão a prática pedagógica tradicional que vem sendo utilizada no ensino de biologia na educação básica para surdos e propõe uma intervenção mais lúdica para a facilitação da aprendizagem desses alunos no ensino desta ciência. A partir da necessidade de inovar e diversificar os recursos pedagógicos para efetivar a inclusão, o lúdico se torna uma importante ferramenta para o professor na sala de aula e para o processo de ensino/aprendizagem. Este trabalho apresenta uma experiência vivenciada com alunos surdos do do 3º e 5º ano do Ensino Fundamental I de uma escola pública do Estado de Pernambuco, na qual os alunos em questão estudam na área destinada para Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (PNEE) e suas aulas são ministradas na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e em Português. As atividades propostas, sobre o tema partes do corpo humano inserido no conteúdo curricular de biologia, foram realizadas com um grupo de 12 alunos surdos, a partir da confecção de cartazes lúdicos com desenho e colagem, duas fichas escritas e um feedback individual, com o objetivo de explorar a aprendizagem e considerações de cada aluno sobre a aula realizada. Os resultados apontaram para a construção de uma aprendizagem significativa e prezerosa a partir do aspecto lúdico da construção dos cartazes, a qual foi unanimemente mencionada nos feedbacks como a prática que mais agradou e facilitou a aprendizagem da turma.