O presente trabalho trata sobre a educação escolar pública brasileira, caracterizada, em sua maioria, pelo ensino tradicional e por insucessos escolares. Nota-se que diversos projetos, ações e mudanças nos documentos relacionados à educação, alteram as nomenclaturas e enchem páginas de textos com discursos multifacetados, buscando o aprimoramento das práticas educativas. Contudo pouco se vê uma relação condizente entre esses discursos e a prática. A partir de uma pesquisa bibliográfica, procuramos compreender a dificuldade de desenvolver uma educação pública inclusiva associada a uma formação de qualidade, que não se empenhe em garantir somente o acesso, mas que busque qualidade no ensino e para isso na estrutura do processo educacional também. Objetivamos relacionar historicamente a educação e suas implicações no modo de organização da sociedade; bem como, situar a discussão acerca de princípios do paradigma emergente (MORAES, 1997) na educação pública brasileira, para assim situar o contexto educacional a partir da Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990), além de expor os desafios decorrentes em uma mudança de paradigma educacional. Após discussão e desenvolvimento da problemática, consideramos a necessidade de um maior investimento financeiro na educação, por parte dos órgãos governamentais responsáveis, além da necessidade de formação inicial e continuada de professores e uma formação especifíca dos demais profissionais envolvidos no processo educacional. Tendo em vista que em nossa relidade há divergências de interesses com relação ao papel da educação escolar na sociedade, consideramos que uma prática persistente e dotada de estratégias, por parte dos que buscam o desenvolvimento de uma educação escolar integral, é um dos principais instrumentos para se aproximar desse objetivo.