OLIVEIRA, Adriana Martins De. Educação e sexualidade: relação com a saúde do adolescente. Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/36599>. Acesso em: 05/11/2024 09:29
Este trabalho é fruto de um projeto de pesquisa realizado no Campus Cuiabá- Bela Vista do Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT. Para compreender aspectos referentes à sexualidade e seu impacto na saúde dos alunos pensamos o tema como parte de um processo educativo mais amplo que engloba a debate sobre gênero, orientação e identidade, diversidade sexual, cultural, religiosa, dentre outras abordagens que considera o aspecto social e emocional do desenvolvimento humano. A metodologia utilizada foi de base quanti-qualitativa, estruturou-se em coleta de dados através de questionário, elaborado on line, a tabulação e sistematização dos dados coletados e, a etapa final, a análise e interpretação desses dados. No geral 108 (cento e oito) estudantes responderam o questionário, 33,3% dos participantes se identificam com o gênero masculino e 66,7% feminino. No que se refere à orientação sexual 82% são heterossexuais, 9% bissexuais, 3% homossexuais e 6% não souberam responder e 0,9% se denominam como assexual. Quase 14% se sentem indecisos quanto à orientação sexual. Um total de 19,6% que responderam que nunca tiveram nenhuma instrução dos pais sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis, sexo, gravidez ou puberdade. Em resposta a isso são alarmantes os dados no quesito saúde, pois, 76% dos participantes nunca fizeram testes para verificação de alguma DST. Já, 13,9% não usaram camisinha na primeira relação sexual, os motivos variam entre: “não havia camisinha”, “esqueci de usar”, “o (a) parceiro (a) não quis”, “não vi necessidade”, “tomei remédio”, “fiz apenas sexo oral”, “curiosidade de fazer sem o uso da camisinha” e outros. Sobre a escola nesse papel de informação sobre sexo e sexualidade, mais que 70% responderam que não se sentem à vontade para tirar dúvidas do tema na instituição. Assim, percebe-se que os dados são preocupantes no quesito do diálogo dos estudantes com os pais, diálogo dos estudantes com a escola e preocupação e informação do próprio estudante com sua saúde. Para os estudantes a escola precisa debater o tema, quebrar paradigmas e também trabalhar interdisciplinarmente temas como sexo, sexualidade que influi diretamente na qualidade de vida dos estudantes.