Admitimos que a escola não apenas transmite conhecimentos, nem mesmo apenas os produz, mas que ela fabrica sujeitos, produz identidades étnicas, de gênero, de classe; se reconhecemos que essas identidades estão sendo produzidas através de relações de desigualdade. A escola está intrinsecamente comprometida com a manutenção de uma sociedade dividida e que faz isso cotidianamente, com a nossa participação ou omissão. Nesta direção uma educação escolar comprometida com os direitos humanos deve oportunizar reflexões e práticas pedagógicas pautadas na igualdade entre todas as pessoas, exercitando também a o respeito à diversidade e à diferença. Dessa forma estamos fundamentando e consolidando o espaço escolar, como um espaço democrático, onde não deve haver espaço para as arbitrariedades e discriminações. O presente trabalho teve como objetivo geral promover discussões quanto aos direitos humanos no espaço escolar. O presente trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio Monsenhor José da Silva Coutinho do Município de Esperança, nas turmas do 2º Ano A e C, ambas do ensino médio regular do turno diurno, na disciplina de Biologia, delineadas em duas etapas. Na primeira etapa foi realizada uma identificação dos conhecimentos prévios que os estudantes possuíam sobre os direitos humanos. E, na segunda etapa foram realizadas leituras e discussões de textos, além de apresentações e discussões de vídeos, dinâmicas de debate e interação sobre direitos humanos. O presente trabalho apresentou resultados satisfatórios quanto à participação dos estudantes envolvidos. Inicialmente, realizamos um levantamento dos conhecimentos prévios que os estudantes possuíam sobre os direitos humanos. Os direitos que os alunos mais enfatizaram foram: educação, respeito, saúde e liberdade de expressão. É interessante ressaltar que a maioria dos estudantes apontou respostas que são efetivamente discutidas nos direitos constitucionais. A partir deste relato de experiência pode-se afirmar que abordar os direitos humanos na escola é de suma importância, pois os adolescentes apresentam carência e dificuldade sobre as questões que envolvem este tema.