Este estudo busca compreender as problemáticas advindas do trabalho infantil no âmbito educacional da cidade de Areia-PB, inicialmente, apresentaremos a origem do sentimento de infância, seguindo depois de um recorte quanto às leis que proíbe o trabalho infantil no Brasil. Nesta perspectiva, traremos também as repercussões que documentos oficiais nos fornecem para pensar numa cidadania da criança. Na tentativa de demarcar o problema com intuito de entender os processos de exploração que permearam a formação do país e historicizar essas práticas de negação sofridas pela maioria da população. Enfim, busquei fazer um estudo de caso sobre crianças em situação de trabalho no município de Areia e entender quais caminhos a levam negar sua cidadania e buscar alternativas de sobrevivência através do trabalho precoce. Assim, procuramos assinalar a responsabilidade de todos no enxergar as práticas de exploração vivenciadas pelas crianças em diferentes espaços. Por esse motivo escolhemos Areia como território de nossa pesquisa, pois os indicadores sociais confirmam e reafirmam os processos históricos dessa cidade que é considerada a Terra da Cultura. Logo, reafirmamos que nossas práticas no dia a dia naturalizam a criança que trabalha, assim buscamos ter na figura do orientador educacional um olhar sensível para desmistificar essas ações de negação dos direitos desses pequenos cidadãos e na importância do compromisso profissional de cada um de nós. Desse modo, faz-se necessário estudar as ações do orientador educacional nas estratégias de enfrentamento ao trabalho infantil no campo educacional, uma vez que a importância da capacitação desse profissional com intuito de compreender algumas problemáticas vivenciadas pelas crianças em situações de trabalho.