O discurso poético/religioso adeliano traz um resgate da condição feminina por meio de metáforas e simbologias usada pela linguagem poética. Em um tempo em que a mulher sofre com as imposições masculinas seja no âmbito familiar, social ou religioso. Adélia Prado, através do eu lírico, representa as vozes das mulheres que, por uma questão de gênero não tem oportunidade de se expressarem linguisticamente. Para a reflexão sobre o assunto fez-se uma pesquisa bibliográfica, usando como aporte teórico as obras da própria autora (PRADO, 1991; 2006); e outras como: Queiroz (1994); Miranda (2000); Frei Betto (2000); Eliade (2001), que ajudaram a identificar aspectos relevantes que denotam um apelo de igualdade pela condição feminina. Conclui-se que, diante das dificuldades impostas socialmente às mulheres da década de 70, o eu lírico adeliano se sobressai no campo do poético e deixa impresso por meio da poesia seu grito silencioso de protesto.