Devido ao significante alcance atrativo das questões ambientais, as mídias acabam por distorcer a essência dessa temática explorando uma visão a qual subestima sua amplitude, reduzindo o meio ambiente a uma natureza intocável que deve ser mantida isolada do homem para evitar a quebra de seu equilíbrio. Nota-se a ausência de uma abordagem socioambiental pautada no reconhecimento da infinita abrangência global da natureza onde os cidadãos se caracterizam como seres atuantes, podendo estabelecer uma relação harmônica. Tal situação acaba se configurando como mais um desafio a ser enfrentado pelos espaços escolares, tendo em vista que sua função primeira está diretamente relacionada à formação de sujeitos ativos, críticos e criativos nas esferas pessoal e social. O objetivo deste trabalho é verificar como aulas de Ecologia podem influenciar no emergir das concepções socioambientais de estudantes do 3º ano do ensino médio de uma escola particular da cidade do Recife-PE. Para tanto, foram elaboradas atividades estratégicas as quais visaram incentivar a sensibilização desses jovens no que diz respeito a mudanças de hábitos e posturas. A pesquisa foi dividida em cinco momentos os quais foram compostos por roda de conversa, debates, interpretação crítica de situações, aula expositiva e apresentações orais. Os resultados podem ser considerados como positivos uma vez que os posicionamentos evidenciados em sala de aula ao final do trabalho denotaram preocupações direcionadas à igualdade social e ambiental. Percebeu-se que a atenção dedicada à realidade individual dos educandos no planejamento das atividades contribuiu expressivamente no despertar reflexivo o qual norteia os cidadãos a uma participação ativa na sociedade.