Sabemos que a avaliação se faz presente na vida das pessoas em várias circunstâncias (na vida escolar, acadêmica, profissional) e, por isso, envolve muitas concepções e conotações diferentes, o que o torna um tema necessário a ser debatido e pesquisado. No contexto educacional, a avaliação do ensino-aprendizagem, muitas vezes, é considerada como uma problemática e um processo desafiador do trabalho docente, tendo em vista a sua relação com a mobilização de diversos saberes e o compromisso indissociável entre o binômio educativo: avaliação-aprendizagem. Essa complexidade, vivenciada no cotidiano escolar, revela aspectos relevantes para repensar as políticas de formação de professores e o processo de profissionalização docente, desde a formação inicial até a formação continuada, dadas as suas fragilidades. Considerando isso, este trabalho visa apresentar as concepções e as estratégias de avaliação utilizadas nas séries finais do Ensino Fundamental numa escola da rede privada. Nosso corpus é composto das respostas aos questionários dadas pelas três professoras, a gestora e quatro alunos de uma escola da rede privada, no município de Campina Grande (PB), a respeito de concepção e prática de avaliação e três provas aplicadas pelas professoras pesquisadas. Para analisá-los levamos em consideração as concepções de avaliação problematizadas por André & Passos (2002), Hadji (2001) e Luckesi (2003), a saber; exame versus avaliação; avaliação somativa, cumulativa, formativa. Nossa metodologia se pauta por um viés descritivo-interpretativo, de abordagem predominantemente qualitativa, cujo enfoque é de caráter bibliográfico e documental. Como resultado da pesquisa, constatamos que a avaliação ainda é concebida como exame e/ou quantificação da aprendizagem se sobrepõe à prática de avaliação formativa. Isso se dá, provavelmente, pela concepção de ensino e aprendizagem e avaliação que os professores concebem e incorporam na sua prática.