O conto de fadas surge na Europa durante a Idade Média Moderna, pertence à literatura infantil, porém encanta pessoas das mais variadas faixas etárias. Têm por fonte a tradição oral, provavelmente as narrativas primordiais que ficaram registradas na memória dos povos e foram transmitidas através dos tempos. Como o estudo do conto de fadas normalmente se realiza no período em que o educando está no início de sua formação escolar, séries iniciais do Ensino Fundamental, percebe-se a profunda influência que esse gênero pode ter, interferindo possivelmente até em sua personalidade futura, deste modo o presente artigo tem por objetivo apresentar uma estratégia de estudo do gênero conto de fadas por meio de representações teatrais na qual os personagens serão adaptados para uma aparência mais próxima da diversidade brasileira. A intenção é trazer esses personagens tão simbólicos para as crianças, de um modo que elas nunca viram, a fim de mostra-lhes que todas, independentemente da cor da pele, do olho ou cabelo, podem ser princesas. O método inicial utilizado para amparar a pesquisa foi bibliográfico. Tem-se em mente que a desconstrução, a quebra de padrões, é um processo longo e demorado. Sabe-se que o caminho que leva a uma sociedade onde o ideal de beleza seja diversificado logo na infância é extenso e árduo, mas não impossível, levando em conta várias gradativas mudanças no meio fílmico. Com a diversificação dos padrões de modo que houvessem heroínas representando todas as etnias, possivelmente as meninas teriam o sentimento de identificação com a personagem por se parecer com ela. Não objetivamos com este projeto criticar os estereótipos existentes, mas ampliar os horizontes para novos padrões de beleza, novas referências que possam mostrar para as crianças e adolescentes que não é preciso ser magro, alto e branco para ser considerado belo. Observou-se a necessidade da quebra de paradigmas e da adequação dos contos de fadas de modo que os mesmos atinjam a todos os públicos, acabando assim com a sensação de exclusão que causam naqueles que estão fora dos padrões vigentes e considerados ideais.