A História da América surgiria na educação brasileira a partir da Reforma Educacional de Francisco Campos, em 1931, onde História do Brasil e História Universal, passariam a ser englobadas pela disciplina de História da Civilização, incluindo-se assim de forma abrangente conteúdos sobre a História da América, sendo o núcleo principal da disciplina a História do Brasil. A Reforma Educacional de Capanema em 1942 fortaleceu a necessidade de se construir valores nacionalistas e o ensino da História do Brasil passou a ser o principal instrumento para este fim. Assim sendo, o ensino da História da América perdeu espaço. Em 1951, através da Lei 1359 e Portaria nº 724, do Ministério da Educação, estabelece-se em caráter obrigatório a disciplina de História da América para a segunda série do curso ginasial de todas as escolas de ensino secundário do país, impulsionando, assim, o mercado editorial que até então quase não tratava do tema. Em 1978, Estado de São Paulo, o ensino da História do continente americano passou a figurar no currículo do 2º Grau, 1ª Série. Este fato repercutiu de imediato na produção bibliográfica uma vez que o mercado se ressentia de obras que explorassem a História da América em maior detalhe. Desde 1990, com o reforço da reformulação dos Parâmetros Curriculares Nacionais e a maior autonomia para se trabalhar o tema nas escolas, o ensino da História da América persiste no ensino básico e superior, porém pouco aprofundado, tanto no ensino médio como no ensino superior em história. Existe consenso entre os pesquisadores, quanto a grande importância da continuidade do ensino de História da América nas escolas, bem como de se discutir a respeito das polêmicas teorias sobre a chegada do homem às Américas e da formação dos primeiros povos ameríndios. Pensando nisso, o presente trabalho teve como objetivo analisar como o tema vem sendo abordado por escolas públicas e privadas de ensino fundamental e por livros didáticos recentes e adotados pelas escolas para o ensino fundamental.