SANTANA, Angela Barbosa De. Ideias, (entre)linhas tecem consciência cidadã. Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/37139>. Acesso em: 22/11/2024 06:32
A comunicação, como prática social, está além das regras e domínio estrutural da língua. Está associada à geração e divulgação de conhecimento, ao exercício de poder e dominação, a expressão de ideias e conceitos, ao exercício da cidadania. Atualmente a sociedade do conhecimento, demanda da escola a tarefa de formar comunicadores, ou interlocutores. A diversidade da sociedade líquida e o enorme aumento no seu potencial comunicativo requerem sujeitos comunicativos atuantes e adaptáveis. Comunicadores competentes a utilizar tanto a linguagem oral quanto a linguagem escrita para dar voz à diversidade de discursos. No entanto, o domínio das competências leitoras e principalmente escritas para utilização plena da língua não é um saber dominado por todos os cidadãos. Sente-se essa lacuna formativa, principalmente na proficiência escrita ao visualizar ininteligíveis posts e textos compartilhados na rede, só para mencionar um dos suportes mais utilizados na atualidade. Numa sociedade letrada como a nossa é imprescindível à aquisição de competências escritas para interagir e atuar de forma plena, acessando e reivindicando direitos, expressando opiniões e contribuindo para a formação de uma sociedade mais consciente e responsável. A tarefa de fomentar e de desenvolver competências leitoras é atribuída e cobrada à escola que precisa encontrar meios de viabilizar esta demanda tão necessária de forma eficiente. Rever metodologias, orientar professores e mobilizar estudantes para esta aprendizagem são alguns dos muitos desafios diante desta problemática. Porque se aprende a escrever escrevendo, mas não se trata apenas de escrever por escrever. Trata-se de escrever com uma finalidade, dentro de um contexto específico considerando o provável leitor, exercendo a enunciação com conhecimento do assunto tratado, assim seria o escritor proficiente. Não se trata de uma tarefa simples. Exige orientação, comprometimento de professor e estudante, sistematização de estratégias e motivação. Este artigo pretende comentar experiências que procuraram desenvolver competências escritas nos alunos objetivando capacitá-los a exercer a escrita com propriedade e proficiência voltada para a participação cidadã, para a expressão de suas opiniões, ou seja, habilitando-os a serem sujeitos comunicativos cientes de seu papel na sociedade que pretendem formar.