Esta pesquisa tem por objetivo analisar documentos para compreender a história da Educação Física em Pernambuco, relacionada com as ideias do Escolanovismo nas décadas de 1920 e 1930, sustentadas nas teorias de John Dewey e no Escolanovismo Norte-Americano. Metodologicamente, esse estudo se estrutura como uma pesquisa documental e histórica, em que identificamos em documentos de arquivos públicos e em bibliotecas estaduais informações sobre o currículo oficial estabelecido em início do século XX. A leitura documental nos possibilitou melhor entender a história e descobrir as relações das informações e registros então contidos com as novas concepções de Educação Física então trabalhadas em nossas escolas à época. A pesquisa buscou traçar uma linha histórica entre os fatos e autores importantes para os acontecimentos ocorrentes à educação em Pernambuco no início do século XX, com o momento vivenciado pela educação/gestão sobre a influência de pressupostos do movimento escolanovista. Após as reformas escolanovistas, nota-se uma sistematização na forma de ensinar, com concepções diferentes, materializadas na própria estrutura de conteúdos da Educação Física. Essas novas concepções, oriundas de rupturas paradigmáticas até então existentes, diferenciavam-se de uma Educação Física mais tradicional, que estava implantada antes das reformas escolanovistas – inicio do século XX – sustentadas em pressupostos para o desenvolvimento do corpo, puramente. Esses novos paradigmas se colocaram como estruturas e base teórica em muitas das reformas educacionais subsequentes, sendo as propostas aqui analisadas já estruturadoras para o que encontramos na atualidade, já que ambas apresentam muitas semelhanças, materializadas no que é desenvolvido nas aulas de Educação Física nos dias atuais. Em síntese, compreendemos que as relações feitas entre os fatos históricos e o momento educacional do período estudado, influenciado por concepções escolanovistas, mostram uma real mudança na forma de pensar sobre o currículo de Educação Física. Após as reformas, a Educação Física escolar passou a pensar além do corpo, trabalhando o desenvolvimento do social, do cultural e do afetivo dos indivíduos, além de mostrar uma importância maior na formação das pessoas que ministram a disciplina.