Nóvoa (1992) lança o desafio para que se repense esse modelo numa tentativa de superar a visão dicotômica entre conhecimento específico e conhecimento aplicado, entre ciência e técnica, entre teoria e prática, entre saberes e métodos. Essa dicotomia está presente em muitos cursos de licenciatura, especialmente na separação que é feita entre as disciplinas específicas e as pedagógicas. Assim, o presente artigo buscou respostas para a indagação central: Como as práticas investigativas oferecidas no curso de Pedagogia favorecem a formação para pesquisa? O aporte teórico que sustenta as discussões do tema em estudo foi sistematizado em André (2012, 2016), Demo (1996; 1994), Freire (1996), Ludke (2009, 2014), Moraes (1997),Veiga (1996, 2012), Zeichner (1998, 2011) que debatem sobre a temática pesquisa na formação de professores e na prática docente, e em André e Ludke (2012), Franco (2012), Gil (2009) que expressam conceitos relacionados a metodologia do presente trabalha. Para sistematização do diálogo do pesquisador com o objeto de investigação optou-se por uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo Documental a partir de um Estudo de Caso: o curso de Pedagogia da UESPI - campus Antônio Giovanni Alves de Sousa. Fez-se a análise documental observando em que momentos a pesquisa, enquanto atitude investigativa na formação, apresentava-se no PCC de Pedagogia. Como dispositivos complementares utilizou-se a entrevista e o questionário. A pesquisa revelou que ainda tem-se muito a avançar na sistematização e articulação das práticas investigativas no curso enquanto momento formativo capaz de desenvolver conhecimentos e habilidades necessários à docência principalmente em relação ao curso de Pedagogia.