Resumo: Nas culturas humanas, desde a mais primitiva, há formas de ritualização do cadáver e da morte, mostrando que o homem desde os primórdios se preocupou com o destino de sua alma e o lugar reservado para si na vida pós- morte. A origem dessa preocupação com a morte é evidenciada através de pesquisas realizadas pelas diferentes ciências do homem através de pesquisas arqueológicas e de estudos sobre as diferentes formas de comportamento do homem face à este mistério que figura como um grande ponto de interrogação sobre o sentido da existência humana. Portanto, esta pesquisa objetiva analisar as representações imagéticas acerca da vida e da morte no ocidente através dos estudos dos ritos e costumes funerários, de modo a pensar a respeito da sensibilidade dos indivíduos em relação à morte, bem como algumas transformações operadas nesse âmbito. A estratégia de análise privilegiará o estudo do imaginário sociocultural dessas pessoas e os significados sociais que a morte adquiriu no decorrer do tempo. A pluralidade cultural expressa no espaço do cemitério também foi analisada na intenção de mostrar como o cemitério, através da sua simbologia, expressa a estreita relação entre a sociedade analisada e os significados sociais dos cemitérios, os ritos funerários e a morte. A pesquisa se utilizará da metodologia de pesquisa bibliográfica, utilizando de escritas e pesquisas anteriores acerca da temática, para tanto, recorremos a autores como CHAUÍ (2000), ARIES (2003) e BONJARDIM (2010), como suporte teórico da nossa pesquisa. Com os estudos, percebemos que para entendermos por que a morte se tornou o que é hoje, motivo de medo e de repulsa é necessário que voltemos no tempo para que possamos perceber as mudanças ocorridas nas formas de lidar com a morte.