O presente artigo tem como principal escopo, compreender o processo de inclusão da pessoa surda nas escolas do campo. Pois, a inclusão escolar é entendida como um direito de todos a uma educação de qualidade, independentemente da localidade onde mora, da condição física, psicológica e, ou, linguística dos sujeitos. Tal premissa também abrange as pessoas surdas que, quando residentes em localidades rurais, são duplamente excluídos por serem camponeses e surdos. Para alcançar o referido objetivo, de forma especifica, essa pesquisa propõe: identificar quem são os surdos do campo; discutir sobre os direitos educacionais desses sujeitos; e refletir sobre os limites e possibilidades da inclusão da pessoa surda na escola do campo. Assim, neste intento, o presente artigo trata-se de um estudo bibliográfico que se debruçam sobre as temáticas da Educação do Campo, Educação Inclusiva e Educação de Surdos, e documentos legais pertinentes às temáticas supracitadas. Como resultado dessa pesquisa, é possível perceber que a educação do campo pode ser considerada, até mesmo ontologicamente, um espaço propício para a inclusão dos surdos camponeses, desde que seja ofertada uma educação bilíngue que contemple a realidade campesina vivenciada por esses sujeitos. Contudo, é importante salientar que esta pesquisa visa instigar outras pesquisas que busque analisar no contexto real se a inclusão escolar dos surdos camponeses acontece ou não, pois apenas um estudo bibliográfico não proporciona condições suficientes para identificar, de forma real, a inclusão educacional dos surdos camponeses, para isso, far-se-á necessário uma pesquisa de campo desta minoria da minoria que se encontra esquecida hodiernamente.