O processo de ensino da educação para as relações étnico-raciais é tema de grande relevância em um país multirracial e pluricultural como é o Brasil, um país marcado por grandes desigualdades sociais decorrentes de vários fatores, dentre eles o racismo e o preconceito racial. Tais fatores contribuem sobremaneira para que as pessoas não tenham as mesmas oportunidades em virtude de sua origem ou cor da pele. Nesse sentido, a educação para as relações étnico-raciais é um tema relevante em nosso país, cujo sistema educacional tende a levar crianças e adolescentes afro-brasileiros a se sentirem inferiores ao conviver com o racismo e estereótipos na escola. Em nossa pesquisa, objetivamos analisar a importância da educação para as relações étnico-raciais nas escolas e a questão da interdisciplinaridade na prática docente. Abordamos o surgimento da Lei nº 10.639/2013 – um marco na educação brasileira, e a sua importância no combate ao racismo e a discriminação racial no espaço escolar; além de tratarmos da relevância de uma atitude interdisciplinar nas práticas pedagógicas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, em que realizamos um levantamento bibliográfico sobre o assunto, encontrando arrimo em autores como Candau (2008), Fazenda (2008), Gomes (2002), Lück (2016), Munanga (2005), Thiesen (2008). Realizamos, também, entrevistas semiestruturadas com três professores de Sociologia e uma professora de História de escolas de ensino médio da rede pública e privada em Mossoró/RN. Percebemos que os docentes têm um conhecimento teórico sobre o que seja interdisciplinaridade, já que responderam de forma satisfatória o que entendem sobre o assunto. No que tange às relações étnico-raciais, os professores desenvolvem a temática em suas disciplinas, através do uso do livro didático, materiais complementares, ou buscando fazer uso de uma atitude interdisciplinar em suas aulas.