Esse estudo objetivou identificar os limites e potencialidades frente a vulnerabilidade social e risco ao suicídio de mulheres transexuais HIV-positivas. Trata-se de um relato de experiência realizado no mês de Junho/2017, por intermédio da técnica de escuta ativa para acolhimento, no ambulatório de um hospital de referência para HIV/AIDS, localizado no município de Recife-PE, Brasil. A vulnerabilidade social envolve aspectos individuais, coletivos e contextuais que implicam no processo saúde/doença. O contexto de inserção das mulheres transexuais, alicerçado ao modelo heteronormativo, envolve discriminação, violência e negação aos direitos humanos, esses fatores quando somados a condições precárias de vida, limita às oportunidades de acesso à educação, emprego, renda equiparável, as tornam mais susceptíveis ao adoecimento físico e mental. O desequilíbrio entre os desafios impostos pela sociedade e os fatores resilientes, por vezes, são precursores de sentimentos deprimidos e ideação suicida. Conclui-se que as intervenções multiprofissionais e da Rede de Atenção Primária a Saúde (RAPS), demanda da competência cultural dos profissionais de saúde frente a marginalização às mulheres transexuais.