Trata-se de uma revisão bibliográfica sobre as publicações científicas acerca do feminicídio, a partir de 2000 até 2016. Foram consultadas as bases de dados Portal de Periódicos/CAPES e PubMed, Scielo.org e Scielo.br. Foram utilizados os descritores: “Feminicídio”, “Feminicídio no Brasil” e “Femicídio”. As publicações encontradas apontam predominância nas áreas do Direito, Saúde Coletiva e Estudos Culturais. Observa-se a grande presença de discursos de motivações para o crime que utilizam a defesa da honra, o uso indiscriminado ou recreativo de álcool e outras drogas, e ciúmes como justificativas para o fato. As narrativas de violências de gênero evidenciam o patriarcado, como alicerce social, que possibilitam e legitimam esse tipo de violência e, destacam a vulnerabilização social enfrentada pelas mulheres. Os dados quantitativos revelam aumento no número notificações de violência contra a mulher e feminicídios. Entretanto, os/as autores/as não discutem se esse aumento se deve à redução de subnotificações ou ao real aumento de casos. A atenção a esses resultados proporciona a maior compreensão do fenômeno da violência de gênero que culmina em morte, em diversos contextos e, pode indicar caminhos para ampliar a efetividade das medidas que visam reduzir esses indicadores.