Encorajar as mulheres a exteriorizar seus sofrimentos causados pela violência de gênero, é propiciar – lhes espaços de apoio e escuta respeitosa, a fim de que se sintam empoderadas e seguras para romper com o silêncio. Para isto, é importante que os atos de violência doméstica sejam punidos e haja uma desconstrução da sociedade patriarcal /machista, através de processos educativos e reflexivos que mobilizem todos a lutarem pela equidade de gênero. O estudo de cunho qualitativo utilizou a entrevista narrativa para construção das informações e apresenta números atuais da violência contra as mulheres no Brasil, nos quais, segundo dados do Datafolha, publicado na revista exame, edição de 2017, 52% das mulheres que sofrem ou sofreram algum tipo de violência não denunciam seus agressores. O estudo foi ancorado nas contribuições de Penha (2013), Brasil (2003, 2005,2012), Medrado e Lyra (2003), Saffioti (1987), Vilela (2013), Lima (2009), costa (2015) entre outros estudiosos de igual relevância. Os primeiros resultados indicam que o medo do agressor e a impunidade deste, assim como a dependência emocional/afetiva/ financeira, são alguns dos fatores que levam às mulheres a não romperem a barreira do silêncio diante da violência doméstica que vivenciam.