A violência perpetrada contra a mulher manifesta-se em especial na relação conjugal, e ainda é considerada por muitos como algo “natural” e muitas vezes são banalizadas, por ser um fenômeno sociocultural. É considerada uma violação dos direitos humanos, sendo uma das realidades mais praticadas e menos reconhecidas no mundo, dessa forma caracteriza-se como problema de saúde pública, afetando a integridade psicológica, física e sexual da mulher. Este estudo compõe uma parte dos resultados de pesquisa a nível de mestrado, onde foram entrevistados os multiprofissionais de uma Unidade de Saúde da Família, em Vitória da Conquista-Bahia. Interessando-nos em analisar a percepção dos profissionais de saúde, sobre às relações complexas que envolvem os conflitos de gênero, em especial à mulher, sob o foco da violência conjugal. Neste sentindo, contemplamos os saberes e experiências vividas dos profissionais, acerca do impacto das violências sofridas pelas mulheres que utilizam o posto de saúde. Dessa forma, constatou-se que a violência conjugal, é um fenômeno presente e rotineiro para os profissionais, porém, muitos ficam de “mãos atadas” por causa do medo de interferir na relação conjugal e da falta de estrutura do posto, vinculando à violência contra mulher. Assim, acreditamos que essas reflexões se tornam importantes para os enfrentamentos de problemas relacionados à violência conjugal, pois são associadas às consequências maléficas para a saúde da mulher e para a sociedade de forma geral.