O presente trabalho consiste em uma análise antropológica da relação entre a identidade estigmatizada e o acesso aos serviços de atendimento e garantia de direitos das mulheres em situação de rua da cidade do Recife. O objetivo maior deste trabalho é descrever como o estigma gera barreiras para o acesso aos direitos da população em situação de rua, observando sobretudo a construção da identidade desses indivíduos que fazem da rua o seu espaço de trabalho e moradia. Durante o trajeto desse estudo, é realizada a leitura do papel das instituições definidas como espaço de proteção para indivíduos em vulnerabilidade social, como reforçadores desse estigma e da relação de poder existente entre estigmatizadores e estigmatizados. Por fim, o método utilizado durante a realização da pesquisa foi a Etnografia, com observação participante em equipamentos da rede de atendimento à população em situação de rua da cidade do Recife