Utilizando como fonte uma entrevista semi-estruturada realizada em 2017 com a mãe, doutoranda na UNESP, educadora sexual/sexóloga e psicopedagoga, Thais Emília de Campos, buscou-se analisar as continuidades e descontinuidades de sua narrativa biográfica acerca da experiência de gestar um bebê intersexo. No decorrer da entrevista se pode observar a singularidade de sua postura, ao travar conflitos com os médicos, por outro lado, há o perigo de incidir na imagem de uma mãe “excepcional” e reforçar o mito do instinto materno. Pretende-se também, compreender a construção das identidades de gênero, fortemente pautadas pela Medicina e pelo Estado.