O presente trabalho, com base na antropologia feminista, busca analisar a participação de lésbicas, gays, bissexuais, trans* (LGBT) na política, particularmente nas disputas eleitorais ocorridas no Brasil em 2014 e 2016. O foco central são as disputas por representatividade nos poderes executivo e legislativo postas a cabo por esses sujeitos. Articulando dados estatísticos disponíveis no sítio eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), bem como dados etnográficos e entrevistas semi-estruturadas foi possível construir uma análise sobre a participação LGBT na política formal no Brasil. A partir das campanhas políticas e dos discursos que circularam sobre sexualidade no período eleitoral, percebe-se que o heterossexismo é uma barreira para que parcelas da população que desviam das normas hegemônicas de sexualidade alcancem sucesso eleitoral.