Este ensaio faz parte do resultado avaliativo da disciplina Teoria Antropológica, ofertado as turmas iniciais do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (PPGCS/UFRB) e deriva do projeto submetido a seleção no programa. Com luz nas primeiras descrições etnográficas no Desfile Cívico de 02 de Julho em São Félix/Ba, traçando os possíveis desafios metodológicos que enfrentarei no desenvolvimento desta pesquisa. O ensaio oferece uma perspectiva interseccional (CRENSHAW, 2002), na intenção de discutir as percepções de masculinidades negras e/ou expectativas do homem negro (FANON, 2008) no contexto das expressões culturais, introduzindo as noções de performances e rituais (TUNER, 1982) nas ordens regulatórias sociais. Os balizas e mores são homens, na sua maioria negros, que desempenham apresentação artística de androginia exacerbada durante ritos cívicos de rua. Tal fenômeno acontece como trocas e elaboração de teias de significados (GEERTZ, 2008), percebido através dos discursos e práticas de representação (FOUCAULT, 1996). Na conclusão, lanço mão de pretensiosas problematizações que instigam os interesses das descobertas deste campo frutífero, com categorias que envolvem performances, gênero, sexualidade, raça e expressões culturais.