O presente artigo apresenta o Lampião da Esquina como veículo de divulgação de autores desconhecidos da literatura LGBT+ no final da ditadura militar no Brasil e tem como objetivo apresentar uma obra recente de um dos escritores que contribuíram com o Lampião no decorrer da sua existência. Sustentando as discussões realizadas neste trabalho temos James N. Green e Renan Quinalha (2014), que fazem um apanhado histórico sobre a história da homossexualidade durante a ditadura militar; Flávia Péret (2011) trata da construção da imprensa gay no Brasil; Leonardo Schultz e Patrícia Marcondes de Barros (2014), tratando das discussões de gênero e sexualidade levantadas no Brasil através do jornal Lampião da Esquina na década de 1970. Portanto, este trabalho justifica-se pelos seguintes fatores: inventariar e descrever o papel do Lampião da Esquina para a literatura LGBT+; a importância do Lampião da Esquina para a divulgação e promoção da literatura gay no Brasil; mapeamento da produção homoerótica destacada pelo jornal; e sua importância para a divulgação de autores canônicos e novos. Para tanto, foi feita uma pesquisa documental para levantar os/as autores publicados, o gênero textual e a quantidade de autores publicados. Esta é uma pesquisa de graduação ainda em andamento, realizada na Universidade do Estado da Bahia – Campus XVIII. Iniciamos com o levantamento de dados e foram encontrados 42 autores publicados. Deduziu-se que do total 42 autores que 40 deles serem homens é um número excessivo que indica que o jornal é mais voltado para a literatura gay do que LGBT+.