A partir de situações cotidianas, planejadas ou não, dentro do contexto do Projeto Universitários Vão à Escola - UVE e seus integrantes - adultos e crianças e adolescentes de 6 a 17 anos - objetivou-se compreender a importância de abordar questões sobre raças e sexualidades dentro de um contexto de educação e discussão informais. Utilizando-se de teorias e reflexões levantadas por autores como: a interseccionalidade e sobreposição de grupos identitários de Kimberlé Crenshaw; a crítica feita por Paulo Freire à chamada educação bancária; a observação de Sueli Carneiro acerca da sistematização dos ensinamentos como forma de reprodução de hierarquias instituídas na sociedade, o Projeto pretende compreender o importância de direcionar tais pautas de forma emancipatória e dialógica para todos os participantes, e não somente aqueles que possam entender o discurso como empoderador. Assim, tendo em vista as diversas situações em que estas temáticas são problematizadas durante o cotidiano dos integrantes, descobrir formas de dialogar sobre tais temas, incluindo sujeitos imbuídos em culturas e práticas hegemônicas, faz-se necessário para avaliar as possibilidades desse diálogo sem cair em discursos que possam levar à reprodução de preconceitos e opressões contra as crianças negras e LGBT.