, Josefamariadossantos et al.. . Anais IV SINALGE... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/27688>. Acesso em: 08/11/2024 18:17
As redes sociais digitais, em especial o Facebook, têm sido um dos meios de comunicação mais utilizados nos últimos anos, permitindo não só a integração, troca de informações e geração de conhecimento entre diferentes públicos, mas também, a propagação e organização de grandes eventos, a exemplo das manifestações populares ocorridas em junho de 2013 no Brasil e dos movimentos de ocupações das escolas em 2016. Diante disso, é objetivo deste trabalho analisar as estratégias de persuasão nos cartazes de protesto das ocupações nas escolas em 2016, utilizando a rede social Facebook como ambiente mediador do ensino de gênero na escola. A pesquisa parte de uma abordagem qualitativa, cujo corpus constitui-se de dez textos coletados no Facebook, espaço inicial de reprodução, distribuição e recepção desse discurso, e analisados à luz da teoria dos estudos de Bakhtin (1997); Marcuschi (2008); Bazerman (2006); Miller (2009); Bezerra (2013, 2014). Observamos em nossas análises que os discursos nos cartazes das ocupações produzem um diálogo com outros momentos históricos e com outros textos e discursos de ocupações de movimentos sindicais e de reforma agrária, ressignificando discursos outros como forma de persuadir mais estudantes a participar das ocupações. Concluímos o trabalho de pesquisa cientes de que quando levamos textos retirados de contextos sociais para a sala de aula, os estudantes se envolvem mais com a leitura e discussão e, consequentemente, com o processo de aprendizagem, principalmente quando conseguimos envolver o uso das tecnologias, ferramentas tão comuns para os estudantes no dia a dia. Nesse sentido, defendemos a ideia de que os sites de redes sociais funcionam como elemento facilitador do trabalho com textos, uma vez que por ele transita um número variado de discursos que por serem versáteis e dinâmicos, podem propiciar uma interação mais participativa entre os estudantes e suscitar na sala de aula e fora dela momentos mais eficazes de leitura e discussão.