Na relação dialógica e interacional do discurso proferido, o uso da linguagem é determinante para o sucesso ou insucesso do sujeito. Nos muitos estudos da linguagem, um evento se aproxima dessa teoria, a Variação Linguística. Em geral, em sala de aula, a variação é tratada na concepção do “certo” e do “errado” ficando evidente a ideologia de uma língua homogênea que favorece uma parte em detrimento da coletividade. Assim, entendendo que a escola tem por função social promover a reflexão e a formação cidadã, e a sala de aula é o ambiente que favorece esse processo, este trabalho tem por finalidade apresentar uma proposta didática de caráter sociocomunicativo voltada para a Variação Linguística e com foco na produção de sentido. Portanto, nosso objetivo é abordar o ensino da Variação Linguística a partir de uma prática significativa com o meme “Bode Gaiato”. Nesse entendimento, desenvolvemos nossa pesquisa à luz de teóricos como Bakhtin (1997), Alkmin (2001), Bagno (2003, 2007), Bortoni-Ricardo (2004), Marcuschi (2008), Xavier (2005), entre outros. Baseando-nos, especialmente, na Sociolinguística Variacionista por acreditarmos que a Variação Linguística deva ser estudada nas aulas de Língua Portuguesa a partir de algo que faça parte do universo dos alunos, oportunizando um estudo mais consciente e reflexivo dos eventos da Variação. O estudo aponta para a necessidade de propor uma alternativa para o uso da Variação Linguística numa transposição didática para a produção de sentido que permita ao aluno refletir sobre as práticas de linguagem a partir da construção de sentidos que subjazem no gênero analisado.