Contrariando as projeções de domínio, de hegemonia, de desigualdades, de perplexidade e crise de paradigmas, a realidade posta é de um crescimento avassalador e imponente da diversidade cultural em seus múltiplos aspectos. Embora ainda imersos em situações impregnadas de estereótipos, preconceitos, violências e de muitas tensões sociais, somos mobilizadas, ou devemos ser, a adotar posturas e práticas que contribuam com o declínio de toda e qualquer manifestação contrária ao respeito e à dignidade humana. Compreendendo a formação docente como via privilegiada e determinante para disseminação de um trabalho que implique a relevância da diversidade cultural, diversidade social, e educação cidadã, articulando em seus contextos escolares propostas que concebam as perspectivas do multiculturalismo, no campo da cultura, gênero, raça, etnia, orientação sexual, identidade, inclusão, exclusão, etc. Nesse contexto, as autoras propõem um estudo que tem como objetivo a explicitação e a problematização de posturas éticas diante das novas configurações da sociedade contemporânea. Tal estudo é realizado tanto num plano teórico, recorrendo a referências bibliográficas, dialogando com as reflexões de BOAVENTURA(20013), CANDAU (2008), GADOTI (2000), PADUA (2013) entre outros autores, notadamente, as relacionadas a formação de professores em uma perspectiva reflexiva-crítica demandada pelos dilemas de educar considerando as pertinentes inquietações sócio educacionais; quer em um plano empírico, resultante de problematizações advindas de formações ofertadas aos professores que constituem a rede escolar do município de Lagoa Seca, na Paraíba, contribuindo dessa forma com um processo de ensino e aprendizagem que possibilite a comunidade escolar vivências emancipatórias que contemplem desconstruções e construções fundamentais para educar em novos tempos.