Este trabalho tem como objetivo o estudo da língua em foco, no intuito de observar se o ensino de português está desenvolvendo as habilidades necessárias para a formação de leitores proficientes. Ele foi baseado nos livros didáticos (LD) de língua portuguesa “Português Linguagens”, de Cereja e Magalhães, coleção lançada em 2014 pela editora Saraiva, PNLD: 2014, 2015 e 2016. As orientações aqui apresentadas pretendem analisar se os exercícios propostos partem de uma perspectiva tradicional acerca da análise gramatical ou de um modo reflexivo e interacionista da língua. Nesse cenário, será evidenciado também sob uma perspectiva sociointeracionista o estudo da língua através dos gêneros textuais, tais como: reportagem, anúncio, tirinha etc. Levando em consideração que as aulas de língua materna precisam ter como objeto de estudo o texto, os livros didáticos analisados nos fez compreender e chegar à conclusão de que o ensino de português ainda está ramificado na perspectiva formalista e abstrata de ver a língua, pois, muitas das vezes, são apresentados fragmentos de textos e exercícios classificatórios e descontextualizados em relação à realidade dos alunos, não contemplando assim a dinamicidade da língua. Nesse contexto, observa-se a necessidade de refletir sobre o papel do professor como mediador da aprendizagem, de forma que seja possível repensar sobre as atividades e textos propostos no LD e se preciso criar outros meios de ensinar mais estratégicos e eficientes no que diz respeito a desenvolver habilidades de leitura e escrita. Para a elaboração deste artigo, escolhemos uma metodologia de estudo bibliográfica de natureza qualitativa, realizada por meio de pesquisas em livros e livros didáticos. Tivemos como embasamento teórico os autores Antunes (2010), Marcuschi (1946), Coscarelli (1998), Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), entre outros.