O que se vem discutindo em torno do ensino de Língua Portuguesa é a dificuldade que a maioria dos alunos tem para com a interpretação e produção textual. Por isso, torna-se necessário desenvolver alternativas que estimulem o hábito da leitura e da escrita de textos, principalmente os de circulação na sociedade. Por isso, os textos jornalísticos se constituem como gêneros específicos para o processo de didatização. O presente artigo tem como objetivo analisar a sequência didática elaborada para o trabalho com os gêneros notícia e entrevista, observando se esta contempla a proposta discutida pelo grupo de Genebra (DOLZ, NOVERRAZ e SCHNEUWLY, 2004), bem como as de diversos autores, sobre esse conceito (BRASIL, 2006; ELIAS, 2016; HOFFNAGEL, 2010). Os dados analisados fazem parte do relatório de Estágio Supervisionado II, desenvolvido na UEPB. A elaboração da sequência didática foi desenvolvida a partir da aplicação de um questionário, respondido pelos alunos, de uma escola pública na cidade de Campina Grande – PB, justificando a opção de trabalhar com os respectivos gêneros e pela temática “direitos humanos”. A análise aponta para a importância do trabalho em sala de aula ser organizado em sequência didática, mas desvela que a proposta desse planejamento não deve ser compreendida como algo que não pode ser alterado durante o processo de ensino, mas que se adequa às necessidades dos alunos. Diante do estudo realizado, pode-se concluir que as atividades desenvolvidas visaram propiciar aos alunos o contato com gêneros do meio social melhorando sua capacidade de leitura e escrita por meio das sequências didáticas.