Considerando que a formação discursiva pode ser tomada como um instrumento de poder, este trabalho busca compreender os discursos imersos no filme “Os contos proibidos do Marquês de Sade”, a partir do sujeito louco. A ênfase desta pesquisa projeta-se, primeiro, face ao valor dado à Análise do Discurso (AD), na medida em que este campo teórico postula uma confluência de língua, sujeito e história, segundo, face à instância discursiva assumida pelo filme. Tomando como viés de discussão o aporte teórico da AD, bem como da Nova História Cultural, pensar-se-á o filme enquanto uma ação que expõe inúmeros jogos enunciativos, estabelecendo possibilidades múltiplas para observar a formação discursiva do sujeito. A efetivação do trabalho far-se-á, portanto, mediante uma discussão teórica concernente à representação do cinema no campo da AD para a abordagem do conceito de loucura por meio do pensamento de Michel Foucault, a partir dos estudos de Ferro (2010), Vainfas (1997), Pimentel (2011), Veiga-Neto (2011), Foucault (2008), Fischer (2013).