A história da escravização no Brasil se deu a nos anos de 1530 a 1888, no qual negros(as) africanos(as) eram sequestrados(as) de suas terras, para trabalharem para uma minoria branca. Desta forma, os(as) negros(as) foram incorporados(as) na sociedade brasileira com muitos deveres e expropriados de direitos, o que reflete na essência econômica e política desses sujeitos escravizados. Isso explica, a necessidade da criação de políticas afirmativas e públicas para a promoção da igualdade racial, sendo a escola uma das importantes instituições à promover esta mudança, visto que é a educação um forte propulsor da cultura, na qual o sujeito fomenta apropriação da sua história e entende-se como constituidor da mesma. Nesse sentido, a visibilidade de histórias de mulheres negras contribuem para essa perspectiva de educação, que desenvolva um pensamento crítico e reflexivo sobre diversidade racial e de gênero, proporcionando uma ruptura de posturas e posicionamentos, centralizando a temática étnica racial no currículo escolar, e que fomente a construção da identidade negra, no qual é entendida como uma construção social, histórica e cultural. Assim, este trabalho discute a relevância de ressignificação do empoderamento da identidade negra e a consolidação de uma nação democrática, bem como, ao reconhecimento e valorização da história e da cultura de raízes africanas. Consiste em um estudo de pesquisa bibliográfica, contemplando a inserção e efetivação Lei 10.639/03, que visa a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro Brasileira em todos os níveis de ensino no curso de licenciatura plena em Pedagogia, resultando no reconhecimento de histórias que por anos foram negadas nos centros educacionais, e que fazem parte da constituição da nação brasileira, elucidando a luta dessas mulheres que participaram e participam ativamente na conquista de direitos e resistência do seu papel social, visto que, até hoje, a mulher negra sofre dupla opressão, de sexismo e racismo, historicamente construída, no qual propicia para o sofrimento psíquico no sujeito. A Pedagogia é uma ferramenta propulsora imprescindível nesse ofício, de desnaturalizar e politizar a forma como as relações sociais e raciais de desigualdade se formam e são produzidas na sociedade, tornando assim, de extrema relevância a discussão dessa temática na formação de professores(as), servindo de subsidio para as práticas pedagógicas, sustentadas na garantia de direito de sujeitos, que contemple uma educação de qualidade com equidade e alteridade