Neste artigo, estudamos os elos que articulam a ação do capital e os processos de formação humana tendo como alvo prioritário a classe trabalhadora. Partimos de duas hipóteses: o capital, ao se valorizar, atua com a força de seus intentos e a violência de seus métodos; junto disso, como segundo requisito, oferece uma educação aos que trabalham debaixo de seu regime, que, em última instância, se mostra não só mitigada, mas, ao mesmo tempo, refém de um sistema no qual o cerceamento à liberdade do trabalhador, explícito ou não, desempenha papel decisivo. No entanto, apesar dos limites que cercam os processos de educação formal, os trabalhadores não podem abdicar de uma reivindicação-chave: a luta pelo acesso às objetivações históricas produzidas pela humanidade ao longo do tempo.