Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo relatar as fragilidades emocionais dos pacientes idosos que fazem tratamento de hemodiálise, e a atuação da equipe de enfermagem ao lidar com essas necessidades. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo, do qual retrata a vivência de acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem, durante uma de coletas de dados para uma pesquisa de mestrado, ocorrida no período de abril a maio do ano 2016, do qual teve o intuito de avaliar a qualidade de vida de pacientes que fazem hemodiálise na clínica do Rim que funciona em um setor do Hospital Regional do Seridó, na cidade de Caicó, Rio Grandes do Norte. Resultados e discussão: A obtenção de um diagnóstico de Doença Renal Crônica traz um grande impacto na vida do indivíduo, principalmente da pessoa idosa, o início de um tratamento hemodialítico não reflete exatamente a cura, trata-se de uma terapêutica contínua que modifica sua vida em diferentes aspectos, nesse sentido, destaca-se a existência de sentimentos ambíguos. Para alguns, a hemodiálise de certa forma os aprisionava, uma vez que tem a obrigação de comparecer ao local para submeter-se ao procedimento três vezes por semana, isso limita a realização de atividades corriqueiras. Em contraponto, há pessoas que tem um nível de aceitação maior no que diz respeito à doença e tratamento, estas relataram sentir-se felizes e viver bem, mesmo com as limitações. O apoio da família e dos amigos se mostra como um fator primordial, tendo em vista que possibilitam um maior fortalecimento para enfrentar as adversidades. Além disso, uma boa relação da equipe multidisciplinar e, especialmente, a de enfermagem, com o paciente contribui para um cuidado humanizado, pois proporciona o aumento da sensação de bem-estar, inclusive durante a sessão de hemodiálise. Conclusões: Durante a experiência vivenciada foi perceptível que o apoio emocional deve ser levado como algo bastante significativo, visto que a população idosa se mostra mais necessitada de atenção, principalmente aqueles que realizam hemodiálise, pois o fato de possuir uma doença crônica e realizar um tratamento exaustivo, tendem a debilitar ainda mais o paciente idoso e, por isso, se encontram mais susceptíveis para desencadear problemas psicossociais, sendo necessário o desenvolvimento de uma rede de cuidados para o enfrentamento desta problemática com o apoio de familiares, amigos e profissionais de saúde. Neste contexto, o papel da equipe de enfermagem deve ir além da atividade mecanicista de técnicas e procedimentos, tendo em vista que o cuidado é uma ação mais abrangente e envolve o ser em sua complexidade humana.