Introdução: As projeções mais conservadoras indicam que, em 2020, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com um contingente superior a 30 milhões de pessoas (CARVALHO; GARCIA, 2003). O processo de envelhecer é caracterizado por diversos aspectos nos quais se evidenciam as diferentes necessidades de saúde do idoso, denotando a importância de uma atenção integral à sua saúde, com vistas a uma melhora na qualidade de vida (PAPALÉO NETTO, 2006). É imprescindível estudar as questões relacionadas ao envelhecimento, entendendo a multiprofissionalidade como uma estratégia que orienta e possibilita a realização da assistência integral (SAAR, 2007). Miorin (2005) diz que a institucionalização dos grupos de pesquisa no Brasil, através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, com a ampliação e atualização dos mesmos, é uma prática que tem consolidado a pesquisa no país. Esses grupos são responsáveis por grande parte das investigações realizadas na atualidade e também pela formação de inúmeros pesquisadores (MARAFON,2006). Objetivo: Relatar a experiência de ações realizadas por um Grupo de Pesquisa sobre Idosos, de uma universidade pública de Maceió. Metodologia: O grupo trabalha com reuniões, participação em eventos com rodas de conversa, psicodrama e posters. Resultado e Discussão: O grupo de pesquisa é um desdobramento do doutoramento da líder do grupo que após estudar a fragilidade em pessoas idosas, decidiu trabalhar, através do grupo de pesquisa, a promoção da saúde para tentar retardar o aparecimento desta síndrome. Com o passar do tempo as reuniões foram tendo mais visibilidade e com um maior número de participantes, acolhendo mais e mais alunos e profissionais das mais diversas áreas. Nas reuniões são discutidas temáticas específicas, visando a realização de novas pesquisas na área, organização de eventos com a comunidade científica, com o idoso e com o cuidador, bem como o planejamento de ações envolvendo atividade física, educação em saúde, reflexões sobre o processo de envelhecimento dentre outras. As ações, sempre de caráter multiprofissional e desenvolvidas em diferentes cenários, tiveram início em janeiro de 2015 e continuam até hoje. Conclusão: Discutir e pesquisar temas relacionados a pessoa idosa no âmbito da atenção multiprofissional é essencial, pois o conhecimento do processo de envelhecimento, instrumentaliza o indivíduo para vivenciar essa fase da vida de forma mais segura e saudável. A utilização do espaço dentro e fora da universidade oportuniza e potencializa o diálogo entre as distintas profissões, além de disseminar a temática da pessoa idosa dentro do contexto da sociedade.
Palavras-chave: envelhecimento; gerontologia; promoção da saúde.
Referências:
1. ALMEIDA FILHO, N. de. Transdisciplinaridade e o paradigma pós-disciplinar na saúde. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 14, n. 3, p. 30-50, 2005.
2. CARVALHO, José Alberto Magno; GARCIA, Ricardo Alexandrino. O envelhecimento da população brasileira: um enfoque demográfico. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 725-733, maio/jun. 2003.
3. MARAFON, G. J. Grupos de pesquisa e a formação de profissionais em geografia agrária. In: ENCONTRO DE GRUPOS DE PESQUISA: agricultura, desenvolvimento regional e transformações socioespaciais, II, 2006. Uberlândia. Anais. Uberlândia:UFU, 2006. CD-ROM.