Introdução: o termo síndrome de fragilidade tem sido presença constante nas discussões recentes sobre envelhecimento e o fenótipo físico proposto por Fried vem sendo apontado como o modelo mais utilizado para estimar prevalências desta síndrome. Contudo, a literatura descreve variadas formas de mensurar os componentes desse fenótipo. Portanto, o objetivo desse estudo foi de verificar se existe uma forma padronizada de mensurar o componente nível de atividade física do fenótipo físico de fragilidade.
Metodologia: essa revisão sistemática foi realizada por dois revisores independentes nas bases de dados eletrônicas Pubmed e Scopus, considerando estudos publicados em língua inglesa entre os anos 2010 e 2015 que utilizassem o fenótipo físico de fragilidade e descrevessem a forma de avaliação de seus componentes. Foi realizada a combinação dos descritores: “frailty” OR “frail” OR “frail elderly” AND “older adults” OR “elderly” OR “aged” AND “physical activity” OR “motor activity”.A seleção inicial dos artigos foi feita a partir de uma análise de seus títulos e resumos baseada nos seguintes aspectos: tipo de estudo, objetivos, metodologia, características gerais da amostra e os resultados atingidos.
Resultados: foram encontradas 414 citações potencialmente relevantes, das quais 35 eram duplicadas e 161 divergiam da temática abordada. Deste modo, 218 estudos foram consultados na íntegra e 28 foram incluídos na amostra final. A prevalência da síndrome de fragilidade variou entre 2,6% e 60%. Segundo a busca literária, existem 18 formas diferentes de mensurar os níveis de atividade física do fenótipo de fragilidade em idosos. O Minnesota Leisure Time Activities Questionnaire foi o mais utilizado para avaliação por autorrelato dos níveis de atividade física.
Conclusão: não há uma forma de avaliação padronizada para medir os níveis de atividade física neste fenótipo em idosos.