Introdução: A população idosa tem vários agravos,entre os agravos que contribuem para a piora das condições de saúde/doença dos idosos destacam-se as quedas, como a primeira causa de acidentes em pessoas com 60 anos ou mais. Objetivo: caracterizar os serviços de atendimento e triagem de pacientes idosos que sofreram queda no Pronto Atendimento de um hospital universitário público referência de atendimento ao trauma, no município de Maringá, Paraná. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, quantitativo com dados secundários, do ano de 2014. Metodologia: foram analisados prontuários de idosos, portadores de doenças crônico degenerativas,vítimas de queda, usuários do serviço de emergência, com idade igual ou superior a 60 anos. Os dados foram coletados utilizando um questionário estruturado e validado, posteriormente digitados, codificados e analisados. Resultados: Ocorreram um total de 861 atendimentos por queda, destes a população foi composta por 234 indivíduos que permaneceram em observação e/ou internados por 24 horas ou mais na instituição hospitalar. O SIATE (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência) foi a forma de socorro mais utilizada pelos idosos para 88 (37,6%), porém houve um elevado número trazido por familiares 79 (33,7%). Quanto a classificação de risco 132 (56,4%) idosos foram classificados na cor amarela, cujo atendimento deve ser realizado em até vinte minutos. Apenas 4 (1,7%) idosos receberam atendimento imediato, sendo classificados na cor vermelha. A maioria das vítimas pertence ao município de Maringá 177 (75,6%). Um número elevado de idosos permaneceu internado por mais de 72 horas 85 (36,3%).Receberam analgesia na instituição hospitalar 195 (32%) idosos após o atendimento médico inicial.Ao analisarmos as consequências da queda, observou-se que o Traumatismo crânio encefálico leve ou moderado foi o que mais ocorreu 62 (26,5%), seguido das fraturas de membros superiores em 57 (24,4%) dos idosos, e as fraturas de membros inferiores em 52 (22,2%). Das fraturas de membros inferiores, 34 (65,4%) corresponderam a fraturas de fêmur. Dos 234 pacientes, 119 (50,9%) ficaram internados aguardando procedimento cirúrgico, destes pacientes 83 (69,7%) foram transferidos para outros hospitais. Conclusão: O estudo demonstrou que a queda é um mecanismo de trauma frequente em idosos e causadora de lesões que variam quanto a gravidade. A queda está relacionada há um conjunto de fatores de risco, portanto é importante reconhecimento dos agentes causais para o direcionamento das ações preventivas ou de cuidado.