Objetivou-se realizar uma revisão integrativa da literatura para identificar as discussões científicas atuais acerca da prática da automedicação entre os idosos. Para tal, foram selecionados dezenove estudos nas bases de dados Scopus, PubMed e SciELO. Dentre o total de estudos, doze (63,2%) utilizaram o tipo transversal. O periódico que mais publicou foi o Cadernos de Saúde Pública, com três trabalhos (15,8%), sendo a maioria dos estudos desenvolvidos no Brasil, quatorze (73,7%). O levantamento revelou que há uma presença marcante da prática da automedicação entre os idosos em diferentes países, o que explicita a magnitude do problema. Os estudos analisados evidenciaram que as razões mais comuns para a automedicação entre esse público incluem os conselhos de amigos, familiares e vizinhos, certeza da segurança do medicamento, disponibilidade irrestrita em farmácias, não gravidade da doença, experiências prévias com o tipo de medicação e a dificuldade de acesso aos serviços públicos de saúde. Quando a ótica pautou-se nas consequências que a prática da automedicação pode ocasionar à população idosa, identificaram-se como principais os distúrbios gástricos, renais e circulatórios, as interações medicamentosas potencialmente severas e o aumento do risco de reações adversas. Tais consequências podem atingir principalmente as idosas, haja vista que o público feminino é o que mais pratica a automedicação de acordo com os estudos. Embora este estudo apresente limitações do ponto de vista do número de artigos analisados no período (2006 a 2015) em que estes foram produzidos, seus achados asseguram que é necessária a união de esforços dos profissionais da área da saúde em seus respectivos países e também a nível mundial para que a prática da automedicação entre os idosos seja constantemente evitada, visando diminuir os riscos suscetíveis a essa população e aperfeiçoando o cuidado em saúde nesses aspectos.